Breve Histórico
Diante
da prática da construtora, de tentar envolver proprietários em suas
mentiras e falsas promessas, disponibilizamos aqui um breve histórico
dos acontecimentos:
https://skydrive.live.com/redir?resid=FAC33E7FEF4BB0DF%21157&authkey=%21AE79RSkfrB--u88
No segundo semestre de 2011, criamos um
grupo no Facebook para agregar os compradores do Mirante do Lago e
proporcionar trocas de informações. Desde o início, nossa intenção era
dialogar e encontrar formas de cobrar da construtora a entrega de nossos
imóveis.
A partir desse fórum, conseguimos nos organizar e um
conjunto de aproximadamente 30 proprietários que iniciou a interlocução
com a construtora TENDA (Gafisa). Em abril de 2012, foi realizada a
primeira reunião entre proprietários e a construtora; na ocasião,
representada por seu gerente regional, Sr. Celso Paes, na qual pedimos
esclarecimentos sobre a entrega e solicitamos também a solução para uma
série de problemas que já observávamos na obra, ressaltando que isto
ocorreu antes da entrega da mesma. A Tenda, incialmente, negou os
problemas, sendo a única exceção que assumiam era em relação ao atraso
da entrega, nos demais itens eles sempre afirmaram que até a conclusão
da obra tudo seria resolvido e normalizado. Como resultado da reunião
foi gerado um documento, uma ata. Entretanto, ao retornarmos as visitas à
obra, observamos que os problemas persistiam...
Em resposta à ata
da reunião e, principalmente pela constatação da continuidade das
pendências, elaboramos um novo documento, espécie de relatório ao qual
anexamos diversas fotos que comprovavam nossos argumentos. A ação
seguinte foi enviar o relatório para a sede da TENDA-Gafisa, em São
Paulo. A consequência do documento e de nossa organização foi a
realização de nova reunião com um grupo de funcionários da empresa; eles
se apresentaram como o corpo diretivo da construtora em Belém. Nesta
reunião, ocorrida em maio de 2012, um mês antes da entrega do
empreendimento, nos foi prometido que todos os problemas seriam
resolvidos. Dentre as questões que levantamos, constava a nossa
preocupação em receber o imóvel apenas se o auto de vistoria do
habite-se já tivesse sido expedido pelo Corpo de Bombeiros do Pará. Os
representantes da construtora afirmaram que “nossa empresa é séria e
jamais entregaremos um imóvel sem habite-se”. Ainda nesta reunião,
questionamos sobre a altura do muro, a ausência do gerador, a limpeza do
lago, a reforma da piscina, etc. Ao final da reunião, os proprietários
presentes entenderam que deveria ser dado “um voto de confiança” e
acreditou-se que as questões seriam resolvidas.
Porém, para a
surpresa e indignação de todos, no dia da festa de apresentação da área
de lazer e das torres, festa que antecedia a assembleia de entrega do
empreendimento, todos os presentes perceberam que a maioria das
pendências, apontadas no relatório, permaneciam, que receberam “apenas
uma maquiagem”, tornando evidente a falta de respeito aos consumidores.
Após a assembleia de instalação do condomínio, ocorrida em 28 de junho
de 2012, na qual foram eleitos um grupo de conselheiros e a síndica,
iniciou-se o processo de vistoriar as áreas comuns do condomínio, as
vistorias sempre eram acompanhadas pelos engenheiros da empresa. Em cada
sessão de trabalho era gerado relatórios fotográficos e identificado
tudo que precisava ser resolvido. Os engenheiros da construtora recebiam
os relatórios; porém, não resolviam os problemas, adotavam apenas
medidas paliativas.
Após esgotarmos as esperanças de solucionar os
problemas pela via do diálogo e negociação, haja vista que, embora
mantivéssemos uma atitude conciliatória e amigável, não percebíamos e
nem recebíamos a recíproca por parte da construtora, nossos reclames ou
eram ignorados ou apenas parcialmente atendidos; tal postura nos
indicava que deveríamos ser mais firmes na defesa de nossos direitos.
Movidos pelo sentimento de indignação e confiantes de que era nosso
direito receber um condomínio novo, livre de vícios, entramos com uma
reclamatória na Promotoria de Defesa do Consumidor, no Ministério
Público do Estado. Graças ao empenho de muitos moradores, conseguimos
produzir farta documentação, pois desde a primeira reunião, ocorrida em
abril de 2012, colecionamos atas, relatórios, vídeos e fotos. A
reclamatória endereçada ao Ministério Público continha 15 páginas e 16
anexos.
Em dezembro, a promotoria convocou as partes para a primeira
audiência. A promotora tentou intermediar e apontar para o “caminho do
entendimento, da negociação”. Ao final da audiência, a construtora
reconheceu os problemas e comprometeu-se a realizar algumas reformas e
serviços de manutenção, entre os quais destacamos: reforma da piscina,
das quadras de esportes e conserto de todos os elevadores. Por fim, a
promotora redigiu seu parecer e determinou que a construtora realizasse
nova vistoria, elaborasse um projeto para as reformas e o apresentasse a
administração do condomínio.
Inexplicavelmente, a construtora
desobedeceu ao parecer da promotora: não fez a vistoria, não apresentou o
projeto de reforma, não consertou os elevadores e na piscina limitou-se
a trocar meia dúzia de tábuas, depois pintou as demais, realizando um
serviço de péssima qualidade.
HABITE-SE
Em agosto
de 2012, havendo por parte da administração do condomínio forte suspeita
sobre a legitimidade do auto de vistoria do tipo habite-se que a
construtora alegava ter, apresentamos ofício pedindo esclarecimentos ao
Corpo de Bombeiros Militar do Pará. Em novembro de 2012, fomos
informados de que o Corpo de Bombeiros havia instaurado um inquérito
policial militar e solicitado abertura de um inquérito policial civil
para investigar fortes indícios de fraudes relacionados à emissão de
Habite-se, em diversos empreendimentos da construtora TENDA-GAFISA.
Nossas suspeitas não eram vagas, eram sustentadas na realidade das
torres de nosso condomínio, posto que moradores e visitantes facilmente
constatavam a ausência de diversos itens de segurança e de proteção
contra incêndios, e a pergunta inevitável era: como liberaram um
habite-se para um prédio nestas condições?
Já nos primeiros
procedimentos adotados pelas autoridades policiais, foi determinada a
apreensão de todos os habite-se que a construtora dizia ter e logo
constatou-se que nosso habite-se não havia sido impresso em papel moeda e
“tratava-se de uma montagem partindo de um documento original”
(palavras do delegado titular da DIOE, Dr. Neyvaldo Silva).
Em
dezembro de 2012, o Centro de Atividades Técnicas (CAT) do Corpo de
Bombeiros, na pessoa do tenente Jânio, empreendeu nova vistoria no
Mirante do Lago, este serviço objetivava a emissão de novo habite-se, o
verdadeiro. Porém, o pior estava por acontecer, para surpresa e
indignação de todos, o tenente Jânio revelou que o condomínio não
receberia o documento (habite-se) por razões de não cumprir as normas em
vigor, estava em desacordo com a legislação brasileira.
O fato de
não ter e não poder receber o habite-se é algo grave ou mesmo
gravíssimo, pois interfere diretamente na segurança de todos os
moradores.
No dia 30 de janeiro, através de entrevista coletiva com
o Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, a imprensa
local noticiou um esquema de compra e venda de habite-se, envolvendo um
suboficial do corpo de bombeiros e a construtora Gafisa.
Resumo da matéria do site da polícia civil:
Título da matéria: Investigações da Polícia Civil desarticulam venda de Habite-se falsos
Destaques:
-"Ele fabricou documentos e fez a montagem do Habite-se falso"
-"Ele teria cobrado por um Habite-se valores que variavam de R$ 30 mil a R$ 50 mil, de acordo com o empreendimento"
-"foram encontrados recibos de depósitos em nome do militar dos valores pagos pela empresa Gafisa"
-"A fraude era tão mal feita... que, em um dos documentos forjados,
aparecia a mesma data da emissão do documento de vistoria, que é anual, e
da data de renovação."
Fonte: http://www.policiacivil.pa.gov.br/?q=noticias (procurar em notícias do dia 30 de janeiro de 2012).
No decorrer dos meses de janeiro e fevereiro, o tenente Jânio
compareceu diversas vezes ao Mirante do Lago e notificou a GAFISA sobre o
que deveria ser corrigido. Alguns poucos serviços foram realizados, mas
na avaliação do oficial, foram insuficientes e, na última semana, o
Corpo de Bombeiros determinou a desocupação dos apartamentos, fato que
nos constrange desde então, nos abalando emocionalmente e moralmente.
Diante dos problemas relacionados à má qualidade da obra, aos problemas
de infiltração, manchas, rachaduras, entupimentos, etc. e também diante
da interdição e solicitação de desocupação todos esperavam uma resposta
firme e convincente por parte da GAFISA; porém, eles adotaram a mesma
tática do que já foi relatado até aqui, ou seja, o mesmo modo de agir do
momento que antecedeu a entrega do condomínio.
Agora, da mesma
forma que a Gafisa se apresentou em maio de 2012, através do Sr. Mário
Hipólito, nos procurou o Sr. Weverton, como gerente regional, fazendo
uso do mesmo discurso: Nós vamos resolver... Nós não sabíamos de nada...
Nos deem um voto de confiança... Nossa empresa é uma empresa séria...
Já entregamos não sei quantos mil empreendimentos...
Essas frases já
foram utilizadas pelo senhor Celso Paes, quando o empreendimento ainda
estava sob gerência da Tenda, depois repetida pelo Sr. Mário Hipólito e
agora é a vez do Sr. Weverton; nada foi acrescentado ao enredo, são as
mesmas palavras, a mesma disposição para nos embromar.
A entrada em
cena do Sr. Weverton aconteceu no sábado, dia 17/02, em reunião
realizada aqui no Mirante, na qual os representantes da empresa
apresentam seus argumentos para uma comissão de moradores, destaque-se
que embora o clima fosse tenso, o Sr. Weverton teve todo o tempo
necessário para expor suas ideias, lhe franquearam tempo suficiente para
apresentar um plano de ação, medidas concretas que resolvessem os
problemas narrados pelo conjunto de moradores, mas nada foi apresentado,
apenas houve o compromisso de realizar nova vistoria, desta vez, com a
presença de engenheiros indicados pelo condomínio e pela construtora.
A primeira vistoria ocorreu no dia 20/02, e para nossa surpresa não
compareceu nenhum engenheiro da construtora para acompanhar o serviço,
apenas o engenheiro contratado pelo condomínio iniciou a vistoria. Por
volta das 10 h, já com o trabalho avançado, o coordenador do GAP da
Gafisa, aproximou-se do grupo que realizava o trabalho, porém, o mesmo
não tinha sequer um pedaço de papel e uma caneta para fazer as
anotações. Questionado, limitou-se a responder que não faria nenhum
laudo, apenas aguardaria receber o que seria providenciado pelo
condomínio, ou seja, a empresa não cumpria o acordado na reunião do
sábado.
No dia seguinte, 21/02, na reunião em que os representantes
da GAFISA dispuseram de 20 minutos para apresentar sua proposta de
resolução dos problemas, questionamos o fato do não comparecimento de
engenheiros na vistoria, e com a “cara de pau” que os caracterizam,
responderam que estavam presentes, tentaram nos desmentir em público.
Mas rechaçamos veementemente esta manobra. O fato é tão verdadeiro que,
na vistoria do dia 22, a empresa finalmente resolveu cumprir o
prometido, enviou dois engenheiros para acompanhar o serviço e estes
anotaram as falhas e problemas.
Embora na reunião do sábado, o Sr.
Weverton tenha dito e repetido que queria formalizar um acordo, negociar
uma solução e resolver os problemas, por trás tentavam nos prejudicar
mais uma vez, agora na alçada da justiça. Nossa assessoria jurídica nos
informou que a construtora havia solicitado ao Ministério Público o
arquivamento de nossa reclamatória, sob alegação de já terem resolvidos
TODOS os problemas, inclusive apresentaram fotografias das “obras
realizadas na quadra e na piscina”.
Na reunião do dia 21, no salão
de festas do condomínio, apesar de termos tido a boa vontade de
franquear 20 minutos aos representantes da construtora, nada de novo foi
dito, nenhuma afirmação contundente, nenhuma proposta, soaram apenas
palavras soltas, como: “nós vamos resolver”; “nós somos uma empresa
séria”; “estamos aqui para negociar”...
Se realmente a GAFISA
tivesse uma proposta concreta, séria, poderiam apresenta-la por escrito,
com projetos e detalhamento de tudo o que será realizado e não apenas
palavras soltas; pois, como todos sabem “palavras o vento leva”.
Para finalizar este relato e fornecer os esclarecimentos aos nossos
condôminos e, principalmente, para evidenciar porque resolvemos fechar,
pelo menos momentaneamente, as possibilidades de acordo ou negociação,
chamamos a atenção de nossos moradores para o fato de que os
representantes da construtora, durante os últimos dias, estarem
transitando pelo condomínio prometendo um monte de coisas, dizendo que
vão fazer e acontecer, que irão reformar e até devolver o dinheiro dos
que não quiserem mais os apartamentos... Também, nestas conversas fazem
insinuações de que a culpa é da administração e de alguns moradores
“muito radicais” que insistem em levar o caso para a imprensa, que não
querem dialogar, negociar, etc.
Em resposta a mais essa ação
ardilosa temos o seguinte a declarar: se a GAFISA tem uma proposta que
apresente por escrito; que aceite a formalização de um Termo de Ajuste
de Conduta – TAC; que apresente os valores das indenizações; que em
havendo a desocupação dos apartamentos seja garantido moradia,
alimentação, transportes a todos os moradores entre outras coisas mais.
Pelo leque de motivos acima expostos, esta administração entende que a
construtora perdeu toda a sua credibilidade, não havendo mais espaço
para acordos administrativos. Apenas sob a intervenção da justiça
teremos nossos direitos garantidos.
O Ministério Público já está
encaminhando uma ação civil pública para enquadrar a construtora, dois
engenheiros contratados pelo condomínio estão vistoriando todas as áreas
comuns e fazendo um inventário e nosso jurídico está trabalhando para
responsabilizar a construtora judicialmente.
“Não nos deixemos
iludir pelas falsas promessas desta empresa! Confiemos nesta
administração e tenhamos paciência para não sermos vencidos pelo
cansaço!”
IMPORTANTE ACESSAR:
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